… mas não de qualquer tipo. Informação confidencial, mas que não deveria ser assim. Pra quem não conhece, é essa a idéia da Wikileaks. Em pouco tempo ela se tornou um repositório de documentos, antes sigilosos, que ajudam a entender muito do mundo atual. O princípio de funcionamento é bem sério, como dá pra ver nesse diagrama retirado da página da Folha:
Depois de publicados documentos do governo americano, coletados por um pobre coitado já condenado a 50 anos de cadeia, isso no mínimo, pois tem muita gente querendo penas bem mais graves, o wikileaks sofre agora todo tipo de ataque, afinal, para os que não sabem, a ciberguerra já começou. O site sofre ataques de hakers permanentemente, já foi tirado do ar na Amazon, seus meios de receber doações já foram cancelados, o seu diretor já foi acusado de diversos crimes, legislação está sendo criada para punir quem reproduz essas informações… e por aí vamos.
Não é fácil sobreviver depois de cutucar a onça com a vara curta, o wikileaks está causando problemas para o governo dos EUA, China, Rússia, França, Arábia Saudita… e muitos outros. Como meio de proteção, seu criador está foragido e escondido, deixou para cópia um arquivo de ‘seguro’ criptografado com informações ainda mais bombásticas, para o caso de sofrer algum ‘acidente’. O site foi movido para a Suissa, www.wikileaks.ch, e depois de de pedidos a internautas para abrigo, já tem mais de 300 espelhos (sites que também contém as informações) em diversas partes do mundo. Não precisa dizer que as agências de informação dos governos estão monitorando tudo isso on line. Não precisa dizer, como temos dito aqui em vários posts, que a era do Grande Irmão já começou. E esse jogo de gato e rato ainda vai render muita coisa.
No Brasil, foi criado um blog pela revista Carta Capital em parceria com a jornalista investigativa Natália Viana que está analizando e traduzindo os documentos vazados sobre o país.