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vida digital offline

Com os últimos problemas nas redes sociais mais famosas – Facebook fora do ar, Twitter “baleiando”, e agora também o Foursquare, muita gente tem percebido o quão frágil podem ser os serviços online. Isso se aplica não só a essas redes, mas também a ferramentas como o Google Docs, o Microsoft Web Apps (que tá desembracando aqui no Brasil).

Ok, é muito prático ter tudo sempre disponível, sempre que você quer, independente do computador. Mas e quando você precisa acessar aquele texto, ver alguma informação de fulano ou beltrano e o servoço está fora do ar? E nos casos catastróficos de pane geral na rede, ciberguerra (estou “apelando”, mas tivemos indícios do primeiro ataque por vírus militar recentemente)…

A saída é algo que a gente conhece desde os tempos remotos da computação: backups! E existem várias opções, desde plugins pra navegadores até serviços online – que acabam não adiantando muito se o problema for uma falha na rede, mas ao menos replicam seus dados em outras redes.

Um desses serviços online bem completo é o Backupfy (http://www.backupify.com/). Ele acessa suas contas em várias redes (Facebook, Twitter, Flickr, WordPress…) e  faz uma cópia de tudo que está lá. O site oferece vários planos pra todo tipo de bolso.

E aí vai uma dica: backup de graça é meio conto de fadas… Existem vários, mas normalmente eles costumam ser muito específicos como o Pic&Zip (http://www.picknzip.com/) que só faz o backup de seus álbuns de fotos fo Facebook.

Pra mais dicas sobre o assunto, pessoal do UOL fez um bom apanhado: http://tecnologia.uol.com.br/dicas/internet-redes/utilitarios/2010/10/05/fazer-backup-da-sua-vida-online-tem-um-preco-conheca-opcoes.jhtm

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Mafuá publica poema criado no Sítio

O número 14 da revista Mafuá, do Núcleo de Pesquisas em Informática, Linguística e Literatura da UFSC acaba de publicar o poema A Palavra Viva (simultaneamente publicado no Sítio com interação). Para quem não conhece a revista, aí vai o link.

Mafuá – Revista de Literatura em Meio Digital

O poema Grão começa com uma criança que nos grita um A com sua língua de fogo. Esta língua escreve na tela palavra em formas ancestrais, VAC, em Sânscrito, e em chinês,  com o ideograma que representa uma boca aberta com a língua para fora.  O fluxo sonoro apresenta simultaneamente sons inaugurais, como foguetes estourando, galos cantando, champanhe estourando, etc.

A partir daí o poema evolui para a Palavra Viva, textos visuais animados fixando semas enquanto uma declamação sonora completa a atmosfera, num fluxo simultâneo. Ao fundo, a imagem de um raio de sol.

Este poema-pensamento é um estudo inicial para um outro trabalho já em andamento, a realização de um poema cosmogônico a partir da criação do universo pela sílaba AOM e seus desdobramentos em semas primordiais.

A ideia tem sido  desenvolvida com a decomposição dos semas em suas essências, em formas que são reconhecidas por leitores de diversas línguas indo europeias. Usando os conceitos do Sítio, estes semas linguísticos se articulam com semas sonoros e imagens visuais ideográficas do chinês e não verbais, articulados em sintaxe audiovisual usando multistreaming mixagem e interação. Aguardem.

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as infinitas interrupções

Quem de vocês não sofre como eu com as constantes interrupções de programas na barra de tarefas informando que é necessária uma atualização de programa? Do antivirus? Quantas vezes nossa internet se torna lenta e descobrimos que algum software está baixando atualizações? E o Windows que precisa reiniciar no meio de um trabalho em andamento? Mesmo o Linux tem um gerenciador de atualizações que manda uma montanha delas diariamente, e quando estamos num lugar com conexão lenta?

Comprei um computador com Windows OEM. Ele ficou 2 dias para se atualizar… Outras vezes, viajo e deixo de usar um computador, quando volto… uma montanha de atualizações, mensagens, etc.

Enquanto trabalho, o celular toca, o telefone fixo, o skype, o twitter… os amigos bombardeiam-se com mensagens no facebook,  a cada instante somos distraidos por algo que se interpõe entre nós e o que fazemos, são as famosas interrupções, velhas conhecidas. Com a luta pela atenção do usuário vale tudo, propaganda joganda sobre a tela com as notícias, e claro, por que não, atualizações em maior quantidade que as necessárias, pois cada uma delas gera oportunidades para insersão de propaganda, fidelização do cliente, checagem de software ilegal, etc.

Os jovens já estão de tal forma acostumados a essa distração permanente que muitos estudos estão sendo feitos no sentido de avaliar suas consequências para a mente humana. Podemos pensar naquele estereótipo bastante frequente, o adola de pernas pro ar no quarto conversando no celular, enquanto envia mensagens, acessa o facebook, joga um game, vê o que rola no mail, enquanto assiste televisão, e precisa fazer os deveres da escola.

Eu sou um defensor da nossa capacidade de concentração, que se perde a cada dia. Minha experiência diária diante do computador mostra como essa taxa média de interrupção e distração está aumentando a cada ano, e vejo o marketing das empresas por trás disso. Com os celulares inteligentes (computadores também), pads e outros, a situação só piora, agora são vários sistemas operacionais para atualizar, vários antivirus, vários programas rodando simultaneamente e te requisitando decisões. E a campainha soa a toda hora com mensagens,  mails, posts, um verdadeiro inferno.

Como dizemos na seção O que é o Sítio, aqui buscamos escutar o silêncio que está se perdendo com essa profusão descomunal de informações chegando e saindo. E como sabemos o silêncio é fundamental para brotar o novo, a concentração é fundamental para o avanço temporal no desenvolvimento de idéias complexas. Aqui procuramos fugir das interrupções e temos o cuidado de não interromper os outros.

Mas sociedade caminha em sentido inverso. Estamos na era da hiperinformação e da distração, e essa falta de concentração pode nos levar a uma sociedade da borbolha da champagne, do alkaseltzer.

A revista Wired está com um bom texto que discute essa sociedade das pessoas multitarefas, condicionadas pelos aparelhos que usam – e não o contrário.

(em inglês)

My Smartphone Is Making Me Dumb:

http://www.wired.com/gadgetlab/2010/10/multitasking-studies/

É aquela história, eu sempre digo: o uso indiscriminado e desprovido de crítica das novas tecnologias pode trazer consequências desastrosas.

E… Abaixo as interrupções!

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a manipulação dos algorítimos de busca

Para os que acompanham as notícias do mundo digital não é novidade o fato de que todo o conteúdo da web é vasculhado on line pelos serviços de inteligência das principais potências militares e países ditatoriais. Nos EUA você é espionado permanentemente a partir do patriotic act, na China um casal de cibercops em forma de animação aparece na sua tela se você estiver fazendo buscas subversivas, procurando coisas como democracia, Tibet, etc.

Agora uma grande novidade são novos mecanismos de busca que redirecionam as buscas para conteúdos ‘desejáveis’ quando palavras proibidas estão na pergunta. Em alguns países árabes buscas por conteúdo pornográfico levam a textos religiosos contrários a este conteúdo. Em Israel há um sistema que te devolve outras perguntas, quando você pergunta sobre algo que não é para se perguntar, usando uma velha tradição do povo judeu.

Para não ficar só em manipulação de respostas com fins políticos e de controle social, há também uma montanha de mecanismos de busca que estão sendo feitos para crianças, filtrando sites indesejáveis.

Por fim, sempre é bom saber que o algorítimo de busca do velho e bom Google é completamente secreto e não desvendado até hoje. A pretexto da proteção comercial, ninguém sabe como o page rank funciona e organiza a informação relevante a partir de uma busca… nem o que eles fazem e para quem enviam os dados que amealham sobre nosso comportamento

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a tv a cabo está na mira da cultura digital

Já se sabe que as horas de navegação em redes sociais e web tiraram audiência da tv. Agora, finalmente explode em todo o mundo a oferta de filmes, séries e conteúdo televisivo via web. O Netflix é o maior sucesso nos EUA e aqui temos também o Netmovies, serviço que assinamos. Por uma pequena assinatura mensal posso escolher filmes para receber em casa em DVD, sem prazo de devolução e que são sempre trocados por outros. Além disso, tenho um acervo on line de milhares de filmes que posso assistir on line. A qualidade é excelente, todos com legendas, etc.

Para a gente ter um exemplo, baixando filmes através de torrents a gente se torna também um pequeno editor, pois sempre há que sincronizar legendas, descartar filmes que foram pirateados com câmeras amadoras, na tora, etc.

O sucesso destes novos serviços de streaming de filmes e de outros ligados à música, mostra que quando o preço de uma cópia ‘legal’ é justo e baixo, as pessoas preferem baixar dessas fontes confiáveis, pois sabem que o conteúdo está ok, cuidado, tem qualidade, etc, além de poderem sentir na pele o que nós, linux lovers, sentimos, o prazer de não estar ‘fora da lei’.

O fato é que nos EUA os cancelamentos de assinaturas de cabo estão a mil, com números expressivos e preocupantes para as empresas. E aqui também, eu mesmo já cancelei o meu serviço. Para que uma grade enorme de canais, que repete infinitamente títulos que já assistimos, nos horários que eles estipulam… se podemos escolher o que e quando ver, a qualquer momento?

Falo disso por que estamos trabalhando em dois projetos voltados para a criação de pequenas emissoras de telepatia  (simplificando para leigos: uma emissora de tv interativa via web). Programações e acervos que podem ser acessados da forma descrita acima para os serviços de filmes, só que com audiovisuais que são interativos e ferramentas para a comunidade editar e criar conteúdos.

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Microsoft e Blackberry mostram as armas…

… na disputa pelo colossal mercado que está surgindo a partir dos i-Pads e i-phones da Apple. Lançado o windows 7 mobile e o Playbook da Blackberry. E não paramos aí, usando na maior parte o sistema operacional livre Android, desenvolvido pela Google e comunidades, uma miríade de aparelhos surge a cada instante, prevendo uma expansão e explosão dessa plataforma para o próximo ano.

Veja aqui uma pequena matéria sobre o assunto:

http://dn.sapo.pt/bolsa/interior.aspx?content_id=1664324

E como observamos antes, estes pads serão interfaces para exibição de mídia, comunicação e também interação com outros computadores em rede e tvs e projeções grandes.  As funções serão as mais diversas, entre elas uma que está crescendo rapidamente: se transformarem em ‘controles remotos’.

Mas um tipo de controle remoto inteligente e que também exibe informação. E essa é uma das nossas pesquisas atuais, estamos desenvolvendo a versão Android do Sítio de Imaginação, onde além de interferir e controlar projeções do mesmo em computadores e instalações, será possível receber notícias, se comunica,  votar sobre o que se assiste e postar textos, fotos e audiovisuais em pensamentos on line.

Veja aqui um uso desse tipo que estamos desenvolvendo : i-pads que interagem com obras em festival.

http://tecnologia.uol.com.br/album/20101001_parisipad_album.jhtm#fotoNav=1

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a moda do telefone próprio continua

Depois de vários rumores de que o Facebook estaria criando seu próprio aparelho móvel, agora é a vez da Mozilla. Ao contrário da rede social, que nega todas as informações vazadas, a produtora do Firefox mostrou seu conceito de aparelho que traz algumas funcionalidades bem bacanas. A descrição completa da idéia, chamada SeaBird, está no site Mozilla Labs:

http://mozillalabs.com/conceptseries/2010/09/23/seabird/

De lá vem esse vídeo que resume bem a idéia do aparelho:

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mini android?

A onda de controles remotos com telas touch ainda está com toda força. Enquanto temos várias experiências bem sucedidas do uso de smatphones como controles para aparelhos maiores, a Sony acaba de lançar um pequeno aparelho, praticamente um relógio de pulso, capaz de se comunicar e controlar via Bluetooth um celular Android. A idéia curiosa, chamada LiveView, já está inclusive no site nacional da empresa, e funciona com todos os aparelhos Android com sistema 2.0 ou superior.

http://www.sonyericsson.com/cws/products/accessories/overview/liveview?cc=br&lc=pt#view=overview

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novidades na convergência digital

Algumas novidades tecnológicas já sonhadas pelos amantes da ‘convergência’ digital estão adquirindo preços viáveis e presença comercial. E isso já está mudando a nossa forma de pensar conteúdos digitais.  Segue uma pequena garimpagem de notícias para os interessados:

Vamos entrar na era de eletricidade sem fio e antes dela chegar, começam a surgir soluções para conexão sem fio barata entre computadores e monitores. A Intel lança uma que vai a 720 p usando wi fi e outra empresa mostra um usb sem fio que chega a 1080 p.

http://www.wired.com/gadgetlab/2010/09/intel-widi-streaming-media/

http://www.wired.com/gadgetlab/2010/09/veebeam-uses-wireless-usb-to-stream-media-from-pc-to-tv/

Aqui outro assunto, as IP TVs, caixinhas que conectam sua tv na internet para filmes, games, música, etc, que custam uma ninharia e estão explodindo no mercado.  Li recentemente também que a ABC também está testando interação entre a tv e um smartfone. Enquanto algo passa na tela, seu telefone / controle remoto, recebe updates e informações correlatas ao que está sendo exibido… inclusive propaganda.

http://www.culturaemercado.com.br/pontos-de-vista/apple-tv-google-tv-e-o-controle-remoto-do-futuro/

E breve vamos ver a explosão do streaming de vídeo em tempo real. O Youtube está testando e o Twitter tem um serviço novo que permite transmissões e gravação de vídeos em tempo real.

http://www.culturaemercado.com.br/convergencia/youtube-estreia-hoje-streaming-de-videos/

A aceleração do processo de conexão e pulverização dos computadores é evidente. No projeto da versão 6.0 já estamos trabalhando para permitir interação entre ‘projeções’ do Sítio de Imaginação. Se nossa ‘mente’ é um upgrade à mídia tradicional… não seremos nós que vamos criar um controle remoto careta… aguardem.

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21/12/2012, versão web

Em um mundo constantemente ameaçado por catástrofes, sete chaves foram levadas aos mais distantes cantos do planeta por seus guardiões. No momento em que o fim da civilização se aproximar, ao menos cinco delas devem ser reunidas em um dos quatro grandes templos para que  ordem possa ser reestabelecida.

Roteiro batido de filme de ficção medieval? Não! Estou falando da Internet mesmo. As sete chaves, no caso sete smartcards, realmente existem e estão mesmo espalhadas pelo globo – Burkina Fasso, Canadá, China, Estados Unidos, Inglaterra, República Tcheca e Trinidad e Tobago pra ser mais exato. Os templos, instalações do Icann (Internet Corporation for Assigned Names and Numbers), entidade responsável pelo gerenciamento da rede, estão prontos para receber cinco desses cards e reiniciar toda a web no caso de uma pane global.

A entrevista de Ondrej Sury, o guardião techeco de uma das chaves, concedia ao UOL, é bem interessante pra quem quer conhecer um pouco mais sobre o funcionamento da rede. O link (aberto para todos, mesmo não assinantes) vai aí embaixo:

http://tecnologia.uol.com.br/seguranca/ultimas-noticias/2010/09/21/conheca-um-dos-guardioes-da-chave-que-reinicia-a-web-em-caso-de-ataque.jhtm

Sobre a data aí no título… bem, mesmo quem não é fanático pelas teorias de conspiração já deve estar acostumado com o final de dezembro de 2012. A coincidência de inúmeras profecias e lendas já rendeu bastante grana aos bolsos holywoodianos e também a várias revistas e canais de tv (vale a pena conferir o excelente “O efeito Nostradamus”, do History Channel).