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12º FILE começa em São Paulo

Para aqueles que acompanham a arte digital, programa imperdível em São Paulo.

Veja a cobertura da Globo News:

12º Festival Internacional de Linguagem Eletrônica começa nesta terça-feira 19 em SP.

O site do evento:

http://filefestival.org/site_2007/pagina_conteudo_livre.asp?a1=308&a2=308&id=1

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a poesia brasileira, em que direção?

Abaixo um texto que recebi e reproduzo, buscando encontrar elementos e direções nos fazeres da poesia brasileira atual. Achei especialmente interessante a expressão ‘animaverbivocovisualidade’, que o autor molda a partir do verbicovisual dos Campos, introduzindo o anima. Uma outra forma de dizer imaginação digital, imagonomia, imagética, poesia intersenso, poesia multimídia, ideografia dinâmica etc. Aos poucos, o que andamos fazendo aqui nesse sítio começa a existir em palavras que circulam por aí, e isso é muito bom, pois os conceitos vão se clareando e assim podemos pensar mais neles, fazer comparações, criar novos trajetos etc.

Página web do texto:

http://www.antoniomiranda.com.br/editorial/poesia_brasileira_em_que_dire%C3%A7%C3%A3o.html

“A POESIA BRASILEIRA, EM QUE DIREÇÃO?

ANTONIO MIRANDA

 

Agora é a vez de Antonio Vicente Pietroforte com seu “O Discurso da poesia concreta – Uma abordagem semiótica”. Recentemente foi a vez de Marcos Siscar com “ Poesia e Crise – ensaios sobre a poesia brasileira”. Há certas confluências entre as obras na medida em que eles abordam o cenário atual da poesia no Brasil e dedicam espaço considerável para o legado da poesia verbivocovisual e apontam para as questões da confluência tecnológica (imagem, som e texto numa plasticidade virtual amalgamadora).

Ainda estamos lendo o texto de Antonio Vicente Pietoforte, de forma adiantada mas não conclusiva, e ele revela uma complexidade na abordagem, sobretudo pelo método usado que é mais analítico do que crítico, que focaliza muito a fôrma embora ajude a interpretar a forma da nossa poesia. Usa instrumentos de precisão que requerem alguma iniciação para acompanhar o discurso do hermeneuta.

Nem Antonio Vicente nem Marcos Siscar pretenderam pautar a análise  em termos conclusivos. O livro de Siscar não é um tratado mas um conjunto de ensaios bem encadeados. Pietroforte pretende estudar a herança do Concretismo mas os exemplos e análises com que esgrima são muito mais amplos, entrosam poetas de cânones diferentes, do modernismo às novas vanguardas, dos mais tradicionais aos desbravadores.

É difícil a análise do contemporâneo, sobretudo no momento em que ismos e escolas estão em retirada, mas continuam nas raízes. Quando se prega que acabou o conflito de gerações e se reconhece que há os passadistas e os blogueiros: há os que aproximam a poesia da música e do espetáculo e os que advogam pela torre de marfim. Os que apelam para a tecnologia nas instalações  e os que usam o corpo nas interpretações. É isso mesmo. Creio até que há mais tolerância dos jovens da geração “Y” digital, dos virtuais de videopoemas e intervenções urbanas com relação aos poetas vivos de plataformas anteriores — os remanescentes da Geração 45, os seguidores do Modernismo, os que continuam avançando agora na animaverbivocovisualidade, os do tropicalismo e da poesia marginal, e até com o cordel e o soneto, do que dos mais antigos em relação ao jovens.

Poesia e tecnologia, poesia e periferia, paideuma e celeuma. Hip hop, rap e rapadura.

Pode não haver ainda distanciamento para estudar e entender as novas tendências, mas só penetrando em suas camadas produtivas e reprodutivas é que será permitido acompanha-las e até entende-las… Favela e condomínio de luxo.  A escolarização, a inclusão digital e a elevação, ainda que “gradual” de nosso nível de cultura e cidadania, vêm desterritorializando esta questão, deslocando-a dos eixos tradicionais de análise e de hegemonia (editoras, livrarias, academia, distribuidoras, meios de comunicação). A síntese se dava pela migração, pelo repicar do litoral para o hinterland, do literal para o literário em escalas de ressonância e, quando possível, de diálogo e reciprocidade. Influências regionalistas sobre o ponto irradiador, agora da periferia para o centro.

Falta que alguém trace e mostre para valer este panorama. Algumas revistas mais inclusivas estão tentando, ao abrirem espaço para novas vozes em confronto com as consagradas. Algumas antologias deixam de ser gremialistas e a serviço de tendências muito doutrinárias (que era o padrão do século passado) para serem mais inclusivas e dialogais. Os festivais e encontros de poetas precisam também ser mais abrangentes, menos regionalistas e sectários. Louvando as exceções, é óbvio… Mas também é justo e saudável encontrar grupos entrincheirados em suas crenças estéticas.. Loggias literárias… Pertencimento a grupos e relações pessoais sempre entram em jogo, fazem parte da logística, mas há mais espaço além do quadrado em que se vive. E melhor quando há janelas.

A academia vem ampliando seus horizontes críticos. É óbvio que se concentra mais em revisitar os autores clássicos e permanentes, deitar olhares sobre detalhes, revisitando obras nas estantes. Nossa universidade está saindo do ideológico para o estético, do metodológico único para focos mais interdisciplinares e transversais. Saindo dos dogmas para novos territórios de observação. Talvez numa perspectiva mais brechtiana de colocar-se antes na posição do outro para o diálogo do que de enquadrar tudo na camisa de força estruturalista a priori.  Naquela resposta do Picasso sobre seu modo de trabalhar: “eu não busco, eu encontro”. Bússola é importante, se ela não ficar magnetizada numa única direção…

(Gostaria de receber comentários, sobretudo críticas:

antmiranda@hotmail.com)

Julho 2011″

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livros didáticos eletrônicos para alugar

Tenho batido aqui na idéia de que no capitalismo do mundo digital, o produto vai desaparecendo e tudo vira serviço. Melhor explicado, nada mais é produzido, entregue e pronto. Tudo vai sendo produzido constantemente, e sendo atualizado e alugado, inclusive livros. Veja abaixo no Brasilianas a estratégia da Amazon para alugar livros didáticos eletrônicos. Esse tipo de coisa vai virar rotina na minha opinião. Iremos pagar para acesso a bibliotecas organizadas, temáticas e não mais pelas obras em si. Como tenho dito, Benjamim nos legou um estudo da passagem da obra de arte da era da aura para a reprodução eletrônica. Agora, na era da nuvem, o que importa é um endereço com a obra e a gestão das licenças de acesso a elas. É aqui que a indústria cultural vai focar para ganhar dinheiro e cada vez menos na reprodução em série dos conteúdos. Uma grande mudança em curso.

O material didático da Amazon

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sobre as mudanças da educação na era digital

Repercute essa semana a mudança do currículo em estado americano, dispensando alunos de aprender a escrever em letra cursiva. Aprender a digitar pode ser prioritário. Veja abaixo no Brasilianas a reportagem e os prós e contras.

O fim da escrita cursiva nos EUA

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uma rede social em linux

e feita por um brasileiro. Ainda é algo restrito à turma do software livre, mas demonstra que é possível surgirem novas redes sociais, livres, e que possam, no futuro compartilhar formatos interoperáveis, libertando a humanidade da excessiva concentração que ocorre sem piedade no mundo digital.

Não é preciso estar sob as asas de grandes corporações para criar redes de amigos e compartilhar experiências. Valeu Doode! Estamos torcendo por vocês.

A rede social totalmente desenvolvida em software 100% livre “PHP+MySql+Ajax+Python+Inkscape+Gimp”

Doode – Sua mais nova rede LINUX de amigos.

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as redes sociais e os direitos sobre ‘seu’, seu? conteúdo

Todos em ‘tese’ já sabem, mas nunca se dão ao trabalho de ler os contratos com os grandes provedores de serviços gratuitos. Quem já leu as licenças do Gmail, Facebook, Yahoo, Twitter, Youtube etc? Com o lançamento do google + muitas reportagens estão comparando os direitos dos serviços sobre ‘seus’, seus? dados.

Abaixo uma delas, sobre o uso de fotos no Google +.  Saiu na Wired, veja também um trecho dos comentários discutindo a questão da licença sobre os conteúdos. O de sempre, usando o serviço você está dando a eles direitos ilimitados e eternos sobre seus dados.

http://www.wired.com/gadgetlab/2011/07/everything-you-need-to-know-about-google-plus-and-photos/

Neal (comentário na matéria acima)

According to the Google Plus License Agreement : By submitting, posting or displaying the content you give Google a perpetual, irrevocable, worldwide, royalty-free, and non-exclusive license to reproduce, adapt, modify, translate, publish, publicly perform, publicly display and distribute any Content which you submit, post or display on or through, the Services.

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tv vai emitir odores

Quando falo da Imaginação Digital, que vai mixar e sequenciar entradas e saídas sensoriais, sempre digo que ainda estamos na era do texto e do audiovisual, mas com o tempo os outros sentidos serão contemplados e incorporados à nova linguagem. Olhaí no Estadão uma tv que já trabalha com o olfato. Acompanhamos esse assunto faz algum tempo, são criadas paletas de cheiros-base que mixados imitam uma gama de outros cheiros.

TV vai emitir odores

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wordpress atinge marca dos 50 milhões de blogs na internet

Olhar Digital: WordPress atinge marca dos 50 milhões de blogs na internet.

Um contador mantido pelo próprio pessoal do wordpress faz essa contagem: http://en.wordpress.com/stats/

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as 3 falas do mineiro

A propósito dos Póemas Nordestinos, que estreiam no Sítio nesse julho, recebi de um amigo um texto sobre uma pesquisa que clareia o que já sabemos. Minas tem 3 formas distintas de falar o português.

Minas Gerais fala o português de três formas diferentes

(do prometeu.com.br)

O jeito mineiro de falar, que já enriqueceu o anedotário nacional, ainda reserva algumas surpresas. Primeira: não há apenas um jeito mineiro de falar o português, mas três diferentes. Segunda: toda essa diversidade gerou um atlas linguístico, que mapeou onde se fala o quê. Não é um trabalho fácil. Esse levantamento finalmente concluído vem sendo feito desde a década de 70 pelo professor Mário Roberto Zágari do Departamento de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Ele reuniu as informações que colheu no livro do “Esboço de um Atlas Lingüístico de Minas Gerais”. O trabalho, que já tem editado o primeiro volume e engatilhados os outros dois, foi apoiado pela Fapemig, que o divulgou em seu portal. Para o trabalho, Zágari reuniu mais de cinco mil horas de gravação em entrevistas com pessoas de diversos níveis sociais em 186 locais diferentes, alguns visitados diversas vezes.

A região norte do estado, que inclui cidades como Itamarandiba, Governador Valadares, Paracatu, Várzea de Palma e outras, mostrou um “falar abaianado”, claramente influenciado pelo estado vizinho, a Bahia. Nessa região predominam no falar as vogais pretônicas (que surgem antes da sílaba tônica). Fala-se “córação”, “lévando”, “pérdido”, “séreno”, “mélado” etc. Além disso, as consoantes “t” e “d”, quando surgem antes de “i” são mais concisas do que no resto do estado. Fala-se “saudadi” e “idadi”, enquanto no resto de Minas fala-se “saudadji” e “idadji”. Ocorre ainda a nasalidade fora da sílaba tônica: “jãnela”, “cãneta” e “bãnãna”.

Numa Segunda região, Zágari encontrou um “falar apaulistado”, influenciado pelo também vizinho estado de São Paulo (cidades como Divinópolis, Pará de Minas e Lavras, Patos de Minas e São Gonçalo do Abaeté). O estilo dessa região contém o “r” retroflexo, ou seja, a letra sempre é pronunciada com a língua voltando-se mais para a garganta do que para os dentes, o que se assemelha muito ao falar do caipira paulista. Isso dá grande destaque ao “r” em palavras como “morte”, “carta”, “margem” e “cisterna”.

Na terceira região é encontrado o falar mineiro mais típico, que não tem nenhuma das características anteriores. Nesta região, que fica entre as duas áreas citadas, a tendência é engolir ou trocar letras e sílabas, além de aglutinar palavras. Fala-se “ocê” (você), “pópegá” (pode pegar), “dexovê” (deixa eu ver), “mininu” (menino) e “chuvenu” (chovendo). Nessa região também desaparece o “d” e o “u” substitui o “o” em expressões de gerúndio, como em “andanu” (andando), “falanu” (falando) e “fazenu” (fazendo). Também se despreza os ditongos formados no meio das palavras, como em “pexe” (peixe), “faxa” (faixa) e “temoso” (teimoso) para que, paradoxalmente, se formem ditongos em sílabas finais quando a vogal é antecedida de “s” ou “z”, como em “arroiz” (arroz), “feiz” (fez) e “treis” (três).

Embora tenha definido claramente as diferenças entre as três maneiras de falar, Zágari diz que é impossível determinar as fronteiras definitivas dos locais onde elas ocorrem porque há algumas áreas de intersecção e o nível de escolaridade também imprime diferenças nesses tipos de falar.

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google maps agora não precisa de conexão para funcionar

Um desejo antigo, ter os mapas do Google Maps disponíveis mesmo quando o sinal do celular não está disponível. Finalmente isso é possível

Google Maps funciona offline para Android