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busca na web sem identificação: DuckDuckGo

A preocupação com privacidade tem chamado a atenção nos últimos tempos. Notícias sobre espionagem que ligam grandes nomes da tecnologia e de serviços que usamos no dia a dia a violações de direitos individuais não param de aparecer. Mesmo antes dessa nova onda de matérias na imprensa, várias pessoas já andavam levantando a bandeira da coleta de dados pessoais durante a navegação para uso comercial. O que fazer nesse cenário, já que nos tornamos dependentes desses serviços?

Bom, sempre há alternativas. No caso de buscas, um serviço se destaca: o DuckDuckGo. Trata-se de um site de buscas com layout simples e com algumas novas ideias que chamam a atenção. A proposta de buscas sem identificar quem está procurando tem atraído a atenção de muitos e o serviço vem melhorando ao longo do tempo. Recentemente o projeto Gnome anunciou a mudança do serviço de busca padrão do Google para o DuckDuckGo.

Alguns links para os interessados:

o site de busca: https://duckduckgo.com/
a política de privacidade: https://duckduckgo.com/privacy
sobre o DuckDuckGo: https://duckduckgo.com/about
para desenvolvedores: http://duckduckhack.com/

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o grande irmão made in usa

Jamais poderíamos ter sonhado que o grande irmão ocorreria em um ambiente capitalista globalizado. Ele foi desenhado e nomeado pela literatura a partir da evolução dos sistemas socialistas totalitários. Não deixa de ser verdade, pois na China ele existe de forma explícita, com o governo controlando o que pode e não pode chegar aos cidadãos.

Entretanto, a partir da enorme concentração de recursos de telecomunicações e dados nas mãos de poucas empresas e em território americano, abriu-se uma oportunidade de vigilância global jamais vista. É importante ressaltar que além da vigilância secreta do governo, as empresas também usam os dados dos seus usuários, que aceitam suas condições em contratos de uso dos serviços ‘gratuitos’, que autorizam elas a fazer isso,

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013/06/1294225-monitoramento-conta-com-pelo-menos-cinco-programas-secretos.shtml

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2013/07/11/para-chomsky-empresas-da-web-permitirao-a-governos-saber-tudo-sobre-internautas.htm

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/ativista-diz-que-facebook-viola-direitos-fundamentais

http://elpais.com/elpais/2013/06/28/opinion/1372411847_928983.html

Por fim uma matéria que mostra a guerra nos bastidores entre a mídia local e os grandes grupos de informática americanos. O Google já é o segundo arrecadador de publicidade no Brasil, atrás apenas da Globo. Não por acaso, a Globo abriu espaço para a divulgação do comprometimento dessas empresas com o sistema de espionagem americano. 

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/desdobramentos-da-grande-guerra-da-midia

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managana no firefox marketplace

A partir do novo player HTML5 do Managana já é possível levar o software livre de publicação digital da Ciclope para um número maior de aparelhos. Antes restrito aos sistemas Android e iOS, apps móveis criados com base no Managana podem agora chegar ao FirefoxOS e a todos os sistemas em que o browser da Mozilla leva a sua loja de aplicativos, a Firefox Marketplace. O Managana pode ser encontrado em

https://marketplace.firefox.com/app/managana

Ele pode ser instalado em computadores Windows, telefones e tablets FirefoxOS e Android a partir desse link.

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managana 1.6
no ar
agora com suporte a HTML 5

Em pouco mais de 1 ano de vida, o Managana chega à sua versão 1.6. A mudança da versão é a implementação de um player html5 para os conteúdos produzidos pelo software. Com isso, em computadores sem flash player ou dispositivos sem app instalado é possível acessar o conteúdo de comunidades do Managana diretamente no navegador, através do player HTML5.

Bem, é uma ferramenta e tanto, especialmente para certas publicações em que se deseja usar apenas o browser. Infelizmente o HTML5 ainda tem problemas sérios especialmente naquilo que nos é mais caro: o audiovisual. Ele não toca vídeo direto no navegador, precisa começar em pause para depois acionar o vídeo, o mesmo para áudio. Além disso os formatos de vídeo são uma confusão, com cada browser aceitando um e rejeitando outro. A gente vê que fizeram o padrão para ele não se tornar um, e para quando preciso for dizer: não, façam em HTML5 que é padrão que toca no nosso dispositivo, browser, sistema operacional… não é bem assim, e olha que além de nós a Microsoft já reclamou disso, o Facebook e outros.

De toda maneira, é uma implementação do software que busca deixá-lo ainda mais livre, e com opções para quem usa para publicar e navegar por conteúdos interativos.

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mídia social cada vez mais presente

… na nossa vida.

http://www.wired.com/business/2012/12/social-spike/

A revista Wired recentemente publicou duas belas tabelas de pesquisa da Nielsen mostrando o número de horas que as pessoas passam na internet usando ferramentas sociais. Tem os campeões, destaque para o WordPress, algo livre que está bem usado, o que mostra o tamanho e o potencial dessas pessoas em produzir coisas legais e alterar os destinos da internet. Os top são os conhecidos, face, twitter, google +. Há novidades com o movimento de subida e descida do uso das ferramentas com o passar dos anos. Essa lista é algo que gostaríamos de ver se diversificando ao máximo.

Outra leitura é a crítica da nossa imersão excessiva no meio digital, em detrimento de outras atividades ‘analógicas’, corporais, públicas, comunitárias etc. É o face tomando o lugar da novela, e quanto isso vai ficando mais barato de se produzir e como vai ficando mais fácil de veicular propaganda dirigida, preparar ações de marketing para atuar sobre as redes que estão ali. E as pessoas ali, o tempo inteiro, só vendo e compartilhando aquilo, postando ali, se comunicando ali.

Nunca o surgimento de opções  ‘out of the box’ foi tão premente.

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o peso do google na internet

Notícia que rodou o mundo. Uma pane no Google faz tráfego na internet cair em 40%. Mais importante é a leitura que se pode fazer dessa notícia. A comunicação mundial está cada vez mais dependente e atrelada a poucas empresas que arrebanharam usuários em todo o mundo e eliminaram concorrentes em feroz dumping alimentado pelo capital financeiro. Novos tempos para a internet, para a história dos meios digitais. Como escapar dessa verticalização vertiginosa, e do centralismo que isso acaba acarretando na sociedade?

http://adrenaline.uol.com.br/internet/noticias/17992/google-fica-fora-do-ar-por-2-minutos-e-trafego-mundial-cai-em-40-nesse-periodo.html

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a internet
em imagens

Dois sites incríveis que nos mostram facetas da evolução e funcionamento da internet em gráficos cujo design é em si algo também muito interessante, além das informações que trazem. São gráficos estupendos.

http://cargocollective.com/aizendaf/Atlas-of-the-World-Wide-Web

http://www.evolutionoftheweb.com/?hl=pt-br

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ouya, um novo tipo de console de jogos?

Depois de bastante sucesso em uma campanha de crowdfunding que deve dar as caras por anos em palestras de especialistas, o Ouya, video-game criado com base no Android, foi lançado em clima de festa. O mote é direto e está estampado no site do projeto: “a new kind of game console”. Esse “novo” se refere à liberdade dada aos desenvolvedores para levarem jogos (e outros conteúdos) ao aparelho, fugindo das esfinges devoradoras que costumam barrar a entrada em sistemas tradicionais como os da Sony, Microsoft e Nintendo.

porque o Ouya é realmente novo?

A ideia “free the games”, outro dos mantras do Ouya, tem realmente funcionado. A partir do menu “discover” do aparelho (o equivalente a lojas como Google Play, Appstore ou Playstation Store) é possível encontrar jogos que dificilmente chegariam a concorrentes. E coisas muito boas, incluindo material experimental ou ainda em desenvolvimento, o que provavelmente seria visto como abominação em outros sistemas.

porque o Ouya não é tão novo assim?

Mesmo que a “discover” traga essa grande liberdade aos desenvolvedores, o princípio não é tão novo assim. Já temos alguns anos de jogos indies (alguns de muito sucesso) aparecendo nas listas dos figurões. Minecraft é o grande exemplo, seguido de perto por produções como Braid ou Fez. É verdade que o Ouya expande em muito essa liberdade, mas o conceito está aí desde o lançamento das appstores para celulares e tablets.

porque o Ouya não é novo? (ou “porque o Ouya é mais do mesmo?”)

Novo em relação a quê? Os conceitos que norteiam a produção do Ouya não são os dos consoles tradicionais. Na verdade o aparelho tem uma relação estreita com os tablets e telefones Android de onde herdou o sistema operacional. Assim que ele é ligado pela primeira vez você recebe uma mensagem já conhecida de muitos: crie a sua conta. Isso significa que o Ouya não funciona sem seu “ecossistema” que envolve ao menos uma comunicação inicial com o servidor do fabricante. Mais ainda: nada de jogatina sem um cartão de crédito, mesmo que você não vá comprar jogos. Isso não é novidade, não é mesmo?

porque o Ouya é realmente novo, mas num mau sentido?

Você se lembra daquele Playstation 1 que está guardado no armário? Lembra dos seus jogos? Bom, já faz alguns anos que você não o liga, mas pode fazer isso se quiser. O que vai acontecer quando, daqui a algum tempo, você procurar por aquele jogo bacana que você tanto amava no Ouya. O servidor ainda estará funcionando para você baixá-lo de novo se precisar? O aparelho terá se tornado mais um peso de papel? Mais grave ainda: recentemente tivemos uma recepção BEM ruim do anúncio do Xbox One da Microsoft que obrigou a empresa a voltar atrás em alguns pontos do design do sistema. Um deles? O que fazer quando você quer emprestar um jogo a um amigo? Ou vender algum que já não joga mais? Bom, nenhum dos jogos do Ouya pode ser trocado ou revendido. Onde está a comoção por isso? Essa é uma parte ruim do princípio de uso de tablets e telefones aplicado na íntegra a um console de games pela primeira vez.

(a Sony tem uma resposta divertida quanto ao empréstimo de jogos)

Um extra: você pode instalar aplicativos e jogos no Ouya que não vieram da “discover”, mas esse não é um processo trivial, o que torna a distribuição de jogos dessa forma inviável. Além disso, a necessidade da criação de uma conta de acesso (+ cartão de crédito) impede que o aparelho seja realmente “livre”, mas isso provavelmente pode (e provavelmente vai) ser solucionado com algum mod ou firmware não oficial para o Ouya no futuro.

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code is poetry (mas também é jazz)

Code is poetry! Quem está acostumado com o sistema de blogs mais usado do mundo, o WordPress, tem grandes chances de já ter ouvido (ou lido isso). É o que defendem os criadores do sistema, e para quem quer conhecer um texto bacana e rápido sobre o assunto, é só acessar:

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luliradfahrer/2013/07/1317458-codigo-e-poesia.shtml

Mas o que menos gente sabe é que o código também é música, no caso jazz. Cada versão do WordPress é dedicada a um músico desse estilo. A mais recente (3.6), por exemplo, é uma homenagem a Oscar Peterson. Para uma lista completa das versões/músicos, é só acessar

http://wordpress.org/about/roadmap/

Mas se você quer mesmo é ouvir as músicas, os próprios desenvolvedores do WordPress já se encarregaram disso:

http://www.lastfm.com.br/tag/wordpress-release-jazz

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sobre a falta de segurança em aparelhos android

Surgem a cada dia novos alarmes de firmas de segurança e de publicações especializadas falando sobre um novo vírus para o sistema Android, um novo app malicioso, uma nova ameaça qualquer. Bom, isso não é incomum: na era de máquinas conectadas e do acúmulo de funções que muitas vezes envolvem dinheiro, é bem natural que alguém procure brechas e se aproveite dos mais incautos. É assim no Windows, no Android, em qualquer sistema, mas também no mundo analógico: deixe a porta de sua casa aberta ou sua carteira no banco da praça que coisas similares acontecem.

E a similaridade “mundo digital/analógico” não está só no problema, mas também nas dicas de solução, só que aqui a questão pode ter implicações mais sérias. Um fato sobre a história humana é que ela tem a habilidade de se repetir. Já alternamos vários períodos de liberdade individual e da falta dela, e o chamariz para uma era de mais imposição vem muitas vezes do clamor das próprias pessoas por alguém que garanta a sua segurança em troca de cada vez menos direitos individuais. Censura e regras cada vez mais rígidas do que é aceitável ou não começam a aparecer nesses períodos e vão tomando a sociedade até um ponto de ruptura e daí… bom, é história.

Voltando à questão da segurança no sistema Android, que tal olhar com um pouco mais de cuidado as dicas dos especialistas? Uma comum: nunca instale software que não venha da loja Play – há até mesmo uma configuração nos aparelhos que faz isso de forma simples, impedindo o próprio dono de fugir do cercadinho do Google. O que, na verdade, acontece quando você faz isso? Você entrega para uma empresa o poder de censura sobre o que entra ou não no seu aparelho. Outra comum, que especialistas evitam dizer mas que “pessoas comuns” muitas vezes têm na ponta da língua: mude para um iPhone/iPad, que é mais seguro. De novo, a mesma questão: ao invés do Google você deu à Apple o direito de escolher o que você pode ou não acessar.

Essa é uma questão recorrente da história humana, mas agora com um viés diferente. Antes, em troca de uma segurança muitas vezes questionável, as pessoas entregavam cada vez mais aos seus governos o direito de determinar como elas viviam. Agora, na época do nosso “capitalismo-mais-que-tardio”, são às empresas privadas que recorremos e damos o direito de dizer o que podemos ou não fazer…