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linux não é mais coisa de nerd…

Enquanto a briga Adobe/Apple esquenta (e ninguém tem coragem de falar os verdadeiros motivos da limitação do Flash no iPhone), os dois lados tracam farpas, muitas delas falsas. Este artigo mostra as várias incorreções da carta de Steve Jobs sobre o sofware da Adobe…

As surpresas que vêm surgindo nos últimos tempos na área da informática têm chamado a atenção por não serem lá tão boas assim… Parece que estamos num momento em que fornecedores definem um mercado “próprio” e lutam com unhas e dentes para preservar esse nicho às custas dos próprios usuários. Ações de resultado duvidoso que vão desde limitações impostas a desenvolvedores, programas de “assinaturas” de software que vão pouco além do pague-para-que-eu-diga-que-você-é-bacana-se-não-pagar-digo-que-é-mau, e chegam ao cúmulo de “proibições eternas de compra” de produtos aparecem todos os dias, vêm dos mais diversos cantos.

Isso vem polarizando o mercado. Numa onda “sou cool e tenho grana”, um polo finge não se importar com o que muita gente vê como barbaridade e continua a manter seu status (o que cada vez mais só tem ludibriado os menos informados). No meio, o que sempre chamamos de  usuário “comum”, completamente alheio a essa confusão, e, no outro polo, quem é “geek”, tem ótimas idéias de como salvar o mundo e parece não se importar muito que esse mundo tenha acesso a essas idéias.

Traduzindo, a última parte para um português claro, com algumas exceções, a “resistência” do mundo do software livre não parece se preocupar muito outros tenham acesso às suas conquistas. Mesmo para usuários experientes tarefas simples, como instalar uma webcam, podem envolver uma recompilação de kernel do sistema (experiência própria). É mais ou menos como o outro polo: enquanto um lado quer se diferenciar pelo “cool”, outro insiste no “sou cabeça”, e ninguém quer abrir mão desse status.

Bom, pelo menos não é só de surpresas ruins que vivemos. Um dos fronts de batalha pela massificação, o pessoal da Canonical, liberou versão 10.4 do Linux Ubuntu. Essa distribuição, sempre elogiada, parece estar mesmo bem melhor nessa edição, e teve um review excelente da revista PCWorld (http://pcworld.uol.com.br/reviews/2010/04/28/review-ubuntu-10.04/). Desse texto, vale a pena destacar:

“O conceito de ‘pronto para o desktop’ varia de acordo com o usuário, mas acreditamos que o Ubuntu 10.04 chegou lá. Um eventual migrante do Windows para o Ubuntu teria algumas dificuldades de adaptação, sem dúvida, mas mais relacionadas à mudança de velhos hábitos do que por motivos técnicos.

Já um leigo, inexperiente em qualquer um dos sistemas, se adaptaria com a mesma facilidade a ambos. Talvez com um pouco mais de facilidade ao Ubuntu, já que conceitos como a instalação de programas, atualizações de sistema ou gerenciamento de software de segurança (como antivírus) são simplificados, automatizados ou até mesmo eliminados.”

Um bom sinal. Talvez seja hora de deixarmos nossa nerdice de lado e seguir esse caminho…

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