Natal, época das luzes. Este ano a pirâmide da FIESP foi toda revestida de LEDs controlados por computador. A superfície do prédio se tornou uma grande área de exibição de arte digital. Esse é um caminho que vem sendo pavimentado lentamente nas últimas décadas, a integração da arquitetura com a mídia. Há autores que chamam isso de hipersuperfícies. Outros de media facade.
Uma da vantagens de ser da idade das pedras da multimídia é poder estar vivo e ver acontecendo coisas que previ no início da década de 1980, quando escrevi meu primeiro ensaio sobre tecnologia. O texto se chamava ‘quadros cinéticos’, e previ que os LEDs iam se tornar algo tão banal como ‘azulejos’ e essa integraçaõ entre mídia e arquitetura criaria novos espaços estéticos. Ao longo desse tempo fiz muitas experimentações com essa ideia, ainda na época da videopoesia, onde imaginávamos um novo espaço para a poiesis no espaço público, e a última, a projeção do livrE Grão na fachada do Espaço Tim UFMG do Conhecimento, na Pca. da Liberdade, permitia a interação das pessoas com o conteúdo através de tablets e smartphones.
Para conhecer o projeto da torre da FIESP:
http://blogs.estadao.com.br/link/arte-digital-ilumina-avenida-paulista/