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cools e não cools da semana (curtinhas)

Atualizando…

… “copycats” de longa data parecem não perder os velhos hábitos de forma fácil. Anunciando detalhes da loja oficial de aplicativos pro seu sistema móvel, o Windows Mobile 7, a Microsoft parece estar seguindo o mesmo caminho trilhado pela concorrente maçã. Agora, qualquer programa que insinue pornografia vai ser barrado. Passamos de fase! Antes, censura era coisa de governo. Hoje já tem muito mais gente cuidando de nós e nos dizendo o que é bom e o que é ruim…

http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/microsoft-proibe-pornografia-na-windows-phone-marketplace/12256

Ainda seguindo no caminho de fechar seus sistemas a todos os “não cools”, a Apple acrescentou uma “seupresa esperada” ao seu contrato de uso do iOS (antigo iPhoneOS). Agora, além de fornecer o hardware e controlar como o software deve ser feito, ela passa a ser também a única detentora das informações geradas pelos iPhones/iPads/iPods. Dados importantes para empresas de estatísticas e de anúncios agora são exclusividade da maçã.

http://macmagazine.uol.com.br/2010/06/08/admob-vira-a-proxima-vitima-da-apple-com-os-novos-termos-de-uso-do-ios-sdk/

Na contramão, mesmo que de forma forçada, o Google voltou atrás em seu formato antes quase livre de vídeo, o WebM (antigo onVP8). Acatando as várias críticas que recebeu ao criar uma licença completamente nova para o formato (que, inclusive, não era aprovada pela OSI), a gigante acabou por optar por uma realmente livre.

http://www.webmproject.org/

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what’s up?

Quando a gente vê a guerra dos Titãs: Apple x Adobe x Google x Microsoft x… e está faz algum tempo acompanhando a evolução da cultura digital, dá pra perceber um padrão nestes acontecimentos. Surge uma nova janela na tecnologia, alguém sai na frente, vira um gigante e tenta impedir que os outros cheguem lá. Os que estão de fora se associam, tornam-se provisoriamente amigos e batem naquele, até que uma fissura surge e as posições mudam. Entretanto, o que vem paulatinamente acontecendo também é que estes gigantes vão concentrando cada vez mais o mercado em poucas mãos. Foi assim com os provedores, com os buscadores, sistemas operacionais, redes sociais, etc, etc, o número de players só diminui e sua influência pode ser vista em todo o mundo. E a concentração é o caminho mais curto para o controle, para o totalitarismo. E é o que está ocorrendo. Caminhamos cada vez mais para um novo padrão onde nos oferecem o pacote fechado, do hardware ao sistema operacional aos aplicativos, ao acesso à rede. Fechado ao pé da letra, cada um de nós enclausurado numa rede cada vez mais controlada, dependente de uma empresa-leviatã que nos aprisiona em sua arapuca e começa a nos tarifar crescentemente.

Um exemplo disso é a Apple, de empresa cool que se contentava com uma fatia de 10% do mercado, fazendo máquinas bacanas para gente bacana, hoje é a mais ágil em criar este modelo de sistema no qual tudo depende ou passa por eles. Foram capazes de deixar a Microsoft no chinelo. E graças a isto, estamos vendo ações do Google e da Adobe na direção do software livre. É uma questão de sobrevivência, para eles e para nós. Por mais que eles tenham suas intenções ocultas e planos de negócios por trás disso, a oportunidade é única. Estamos vendo um senhor impulso no mercado de aplicativos livres e nós, mariscos entre a rocha e o mar, devemos aproveitar.

Lembra quando, uns dois anos atrás, a Adobe abriu parte do Flash e entregou o código pra Mozilla? Pois é, o fruto disso está aparecendo agora, graças a deus, pois apostamos nisso quando escolhemos o Flash para desenvolver o Sítio…

Existe hoje uma versão paga, o Flash Builder e uma versão gratuita, o Flex. O Flex é exatamente o mesmo Flash, só que voltado para o programador. Comprar o Flash Builder pode ser uma boa, mas um grupo open source criou uma ferramenta, a FlashDevelop que está muito melhor que a versão da própria Adobe. Tenho trabalhado só nele já faz um tempo (mas compilado no Flash ainda pra manter o padrão da versão atual do Sítio). Mas nosso 6.0 deve ser feito todo por aqui, o Flex já está com suporte ao player 10 e tudo mais (afinal de contas é da própria Adobe). E mais: roda no Linux.

Olha aqui a referência do Flex: www.adobe.com/products/flex/

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marco civil da internet

Quem vem acompanhando ao longo dos últimos anos as discussões sobre a legislação brasielira sobre a Internet esbarrou várias vezes no assunto “Lei Azeredo”, que praticamente transformava nossos provedores de acesso em investigadores de polícia… Bom, esse assunto já evoluiu e estamos hoje em uma segunda consulta pública sobre o assunto. E essa consulta termina neste domingo, dia 23. Ainda dá tempo de conferir o que está sendo proposto para nosso dia-a-dia virtual nos próximos anos, e dar opiniões.

Para uma explicação sobre o projeto:
http://culturadigital.br/blog/2010/05/17/participe-da-2%C2%AA-fase-do-debate-sobre-o-marco-civil-da-internet/

O anteprojeto e o espaço para discussões:
http://culturadigital.br/marcocivil/2010/04/07/minuta/

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HTML5 e novidades sobre smartphones

No momento late hours do dia acabei esbarrando em um site muito bacana. A idéia dele é agrupar informações sobre o suporte a novos/atuais padrões propostos para a web em relação aos diferentes navegadores. Esse suporte passa pelas implementações do html5, do css3 e coisas assim. Para quem está botando a mão na massa é bastante útil, já que ele separa essas tecnologias em “partes menores” e dá um veredito do tipo “pode usar”, ou “não abrir até o natal”. Chato é perceber que muitas coisas bacanas do html5 estão longe de poder ser usadas no mundo além-apple, principalmente por causa do internet explorer. Aliás, na conclusão final, mesmo a próxima versão do navegador da microsoft só deve suportar em torno de 49% de toda a especificação dessas tecnologias…

Ah, sim, o link vai aí:

http://caniuse.com/

Mudando de assunto, o que antes era só uma projeção agora virou realizade: o Android finalmente passou o iPhone em vendas nos Estados Unidos, e a tendência continua valendo para o resto do mundo. OK, a venda do iPhone caiu um pouco por causa do iPad e também pela espera da nova versão a ser lançada em breve, mas isso provavelmente só adiantou em alguns poucos meses a mudança. Com essa, quem sabe a gente não vê mais aparelhos da Apple convertidos às praias mais abertas?

Outra notícia muito bacana sobre o sistema móvel do Google vem da sua nova atualização. A versão 2.2 esperada ainda nesse semestre traz três novidades muito esperadas: o famigerado (para alguns) flash player, um aumento de desempenho extraordinário (450% mais rápido) e, contrariando operadoras de celular, tethering via wi-fi como parte do sistema (compartilhamento da conexão 3G).

E por último uma notícia velha que não dá pra deixar de comentar: a venda da Palm para a HP. Talvez uma das novidades mais bacanas dos últimos tempos pro mercado de smartphones… Se você quem não sabe, a Palm vem desenvolvendo um sistema operacional para telefones muito bem avaliado, o webOS, feito com base no Linux. Com os últimos resultados ruins da Palm, corríamos o risco de ver o webOS morrer, mas agora parece que já há planos para a retomada e expansão do sistema.

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Sítio 5.0 no ar em português
e agora em inglês

Este post é importante para aqueles que têm conta criada nas versões antigas do Sítio de Imaginação. Acabamos de finalizar um upgrade no software e no conteúdo da nossa obra-software. Exatos 8 anos depois de lançar a versão 1.0 no Museu de Arte da Pampulha, chegamos neste maio à versão 5.0 em português e também em inglês, já que temos uma média de 400, 500 visitantes mês nessa língua. A exibição dos pensamentos está agora mais estável e fácil que nunca. Para ‘ler’ basta clicar sobre as regiões com highlight (palavras, imagens, etc) e navegar.  O ponteiro do mouse é nosso ‘foco’, ‘target’ e a partir dele tudo surge e desaparece.

Incluímos na versão português uma nova interface que desenvolvemos para interação coletiva, que registra as opções tomadas pelos navegantes quando escolhem links em certos pensamentos. Um ‘confete’ preto com número sinaliza esta opção de navegação. Usando os números do seu teclado você pode escolher qual opção deseja para depois da exibição do pensamento atual, e quando o relógio exibido na tela chegar a zero, sua navegação será escolhida e também servirá de voto para quando outros entrarem naquela página (o preenchimento da bolinha reflete as escolhas passadas dos visitantes). Opcionalmente você pode clicar também em cima das bolas e marcar a opção (ela fica verde).

Esta interação coletiva já está sendo usada no audiovisual interativo Sertão Vivo, desenvolvido para o Espaço Israel Pinheiro da Sustentabilidade, de Brasília e também no Espaço Tim UFMG do Conhecimento em Belo Horizonte, a novidade agora é ela estar também na internet.

Nossa interface de edição foi remodelada, mas confessamos que ainda está confusa para pessoas que não estão envolvidas no projeto. Estamos apagando todas as contas anteriores à versão 5.0, mas no site você pode criar sua nova conta e brincar. Atenção, se você criou algo importante em uma conta da versão anterior, nos avise através da seção Fale Conosco, nos informando seu nome de usuário para que a gente possa salvar seus dados, pois todo o material até esta data será apagado no final do mês. Faxina na mente!

Outra boa notícia é que já estamos trabalhando a mil na versão 6.0, com um foco totalmente centrado na usabilidade da interface de edição, para torná-la tão fácil e intuitiva como a de leitura e interação, que agora compartilhamos com vocês. Além desse banho de usabilidade, a nova versão terá suporte a 3d e será 100% criada, editada, exibida em ambiente de software livre, sem perder a compatibilidade com Windows e Mac (se a Apple deixar…).

Agradecemos a você por sua fidelidade e paciência. Sugerimos esperar notícias da 6.0 para começar a editar pra valer. E te convidamos a nos visitar com mais frequência, a nossa poesia volta com força ao site a partir de agora. Estamos remodelando nosso boletim e incluímos links para facilitar o acompanhamento de novidades do site por RSS. Também criamos este blog para compartilhar ideias e ouvir seus comentários.

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o museu da cachaça em Salinas

A expedição Caá Eté continua a mil (para quem chega agora, a expedição está escaneando a Mata Atlântica e a região de Salinas, no vale do Jequitinhonha para produzir conteúdo audiovisual interativo para espaços culturais).

Enquanto parte da equipe recarrega pilhas e despacha em São Paulo, o ateliê digital móvel vasculha o vale do Jequitinhonha em busca de estórias e alambiques. Em parceria, Ciclope e Arquipélago estão produzindo o conteúdo multimídia para um museu interativo que o governo do estado implanta em Salinas. É aquela história, somos daquele tipo de gente que enquanto descansa carrega pedra.

Entre aqui para ver no blog da Arquipélago o que está sendo feito em Salinas.

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um tato na mente
e uma expressura na mão

Enquanto pensamos em novos conteúdos para os projetos que desenvolvemos, a gente revira o passado em busca de inspiração. Surgiu do baú a imagem carinhosa do Tião Paineiras, grande ceramista de Tiradentes. Conversei com ele em 1998, nunca mais tive notícias. Ele sempre estava na praça, e não o vi mais. Será que encantou?

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terras prometidas

Como bem está dito no post parque do rio doce e caraça, estivemos por terras de banda nada larga, isolados a anos-chips-bits-luz  do mundo do tempo-real, impedidos de compartilhar nossos registros. Agora, novamente conectados, cheios de imagens para contar, não seria nem justo deixar como última foto aquela do monza que ostentava o aviso vigiado 24 horas pelos fofoqueiros… portanto, segue aqui um apanhado do caminho que trilhamos desde então pelo Mato Dentro de Minas Gerais e suas atlânticas visagens prometidas:

_em Santa Luzia:

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_em Sabará:

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_em Caeté:

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_na Serra da Piedade:

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_em Morro Vermelho, distrito de Caeté:

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_indo para o Parque do Rio Doce:

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_no Parque do Rio Doce (+ cenas da valente câmera hero pendurada no pet-dirigível):

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_na lagoa do bispo (ainda Parque Estadual do Rio Doce):

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_em Santa Bárbara:

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_em Catas Altas:

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_no Santuário do Caraça e entorno:

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_em Cocais, distrito de Barão de Cocais:

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_na estrada para Mariana:

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_em Mariana, enfim (!):

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fotos: Camila Prado / ciclope.art.br

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jogos eletrônicos querem status
de nova arte (rapidinha…)

… mas nem tanto. Link interessante da matéria da Folha Mais (aberto a não assinantes), Jogos eletrônicos cultivam a imagem de nova arte. Quem já viu o tal jogo Flower, uma viagem de pétalas ao vento, produzido pela ThatGameCompany, sabe por que alguns o chamam de “poema”.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u729414.shtml

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HTML 5 e audiovisual na web

Continuando a conversa sobre os rumos da internet, andei gastando um tempo com o alardeado HTML5. A especificação final da linguagem é esperada para depois do fim do mundo, marcado seguramente para 2012 de acord0 com as mais diversas fontes… Mesmo assim, fora o Internet Explorer, todos os maiores navegadores já podem ser usados para acessar conteúdo na linguagem. E funciona.

O que encontrei foi uma boa evolução do HTML “atual”, que abre muitas possibilidades pra exibição de vídeo, reprodução de áudio, desenho de imagens dinâmicas na tela e armazenamento local (meu favorito), o que é muito bom! Mas, ao invés de ver isso como algo que vai eliminar os plugins e outros acessórios, me parece que o HTML5 vem mais como um suporte do que como um substituto. Com o que temos hoje, e pelo que vi da especificação, o que vamos ter é um front totalmente novo de aplicações para web usando html5+flash ou html5+silverlight ou html5+o-que-for, o que é muito bom.

E nessas navegações, achei comentários interessantes sobre o assunto:

  • aqui, um engenheiro do Google fala que mesmo com o enorme tempo que ainda falta para a conclusão da especificação, o HTML5 já está pronto pra uso (concordo, ainda mais com a entrada do MSIE no hall dos navegadores suportados);
  • nesse artigo do IDGNow, o autor fala sobre essa simbiose com plugins e levanta a questão dos codecs.

Aliás, falando em codecs, esse parece ser mesmo o grande problema atual. Enquanto o H.264 se tornou o novo padrão da web (já tendo ultrapassado inclusive o flv), ainda existem muitos problemas. Primeiro, ele não é sempre totalmente implementado. O Safari, o Chrome, o Internet Explorer e o próprio Flash player, na mais diversas plataformas, dão ou darão suporte a ele, ou a “parte dele”, já que nem toda a especificação (chamados “profiles/levels”) é sempre incluída, em especial em aparelhos móveis que costumam ter que recodificar o vídeo para exibição ou mesmo impedir o usuário de assitir sob certas circunstâncias. O segundo problema está no fato de que o H.264 não é um codec livre, o que faz com que ele não seja implementado em navegadores como o Firefox ou o Opera, que se prendem ao OggTheora como solução (suportado também pelo Chrome). Mais uma vez, volta ao tempo das cavernas: vamos precisar players de vídeo que identifiquem o navegador e exibam o conteúdo seletivamente (ou usar um plugin que todo mundo tem e reduzir em muito os custos… o que vai ser?).

Atualização quente:

Para vocês que curtem as coisas livres da vida, notícia importante na área de vídeo. Acaba de sair o primeiro formato FREE de vídeo. Até então todos os forrmatos tinham algum tipo de licensa, mesmo que não se tivesse que pagar por ela, como o h.264. Mas agora a google liberou o V8. Pelo texto, a Adobe vai oferecer suporte no Flash.

http://createdigitalmotion.com/2010/05/and-just-like-that-webm-vorbis-and-vp8-became-real-open-video-standards/

E para quem não sabe formato foi muito tempo o principal formato do Quick Time, depois o formato principal da Adobe que passou ele para segundo lugar depois que o Google comprou. Uma verdadeira dança das cadeiras.

Por isso ainda aposto minhas fichas numa coexistência entre as tecnologias, até mesmo porque iniciativas regulatórias anti-truste dos governos têm dado resultado nos últimos tempos, e elas sempre vão nesse sentido.

Ah, e pros geeks de plantão: