A revista Época on line traz um bom apanhado da explosão dos tablets e telefones inteligentes apresentados na última Consumer Electronics Show (CES), confirmando o que temos dito aqui: 2011 vai ser o ano deles. Bem vinda a diversidade e as opções de escolha. Há modelos de todos os tipos, tamanhos e preços. Vale a pena conferir também a montanha de câmeras pessoais 3d que vão sair.
Autor: Álvaro
Como temos comentado aqui, a internet sofre hoje com um intenso processo de censura e espionagem por parte de muitos governos e agências de segurança. Este post é só para acrescentar a esta triste realidade uma nova e perigosa modalidade de censura que está acontecendo cada vez mais no ciberespaço: a censura empresarial. Com a concentração de tráfego e de uso de sites de grandes corporações, muitas delas têm exercido uma censura travestida na forma de ‘regras de utilização do serviço’, na maior parte das vezes arbitrárias e irrecorríveis.
Os vários casos já ocorridos com a loja da Apple são o grande exemplo disso. Todo e qualquer software que seja desenvolvido para exibição no iPad e Iphone apenas pode ser comercializado e disponibilizado na loja da empresa, que tem uma longa lista de ‘proibições’, que vão do sexo, nudez, tabaco, e outros itens menos ‘morais’ como questões ligadas a concorrentes, etc. Como não há outra maneira de publicar para os aparelhos, se o software é proibido… ele não poderá chegar às pessoas. E naturalmente estas empresas não têm uma estrutura minimamente ‘jurídica’ ou democrática para avaliar as questões. Salve Kafka, não são apenas os estados nacionais que nos impedem a livre expressão. Isso sem falar nas negociações e mudanças de regras, também arbitrárias, como o caso da Playboy que vai publicar a coleção completa para iPad. Na versão para o aparelho não há nudez, mas, do aparelho, aqueles que pagarem pelo serviço, vão poder acessar pela internet o site da Playboy, com todo o sexo que se tem direito.
Para não ficar só na Apple, o Google também tem suas restrições e recentemente bloqueou um aplicativo na loja do Android por que iria concorrer com eles. A sorte no caso do Android é que por enquanto seus softwares podem ser obtidos em lojas não oficiais. No iPad, só se for raqueado, e aí o cidadão perde a garantia do harware. O Facebook também não fica atrás. Abaixo você confere uma matéria da eBand sobre mães amamentando que não podem mostrar suas fotos por que os seios aparecem e o ‘algorítimo’ considera isso nudez e potencialmente ‘ofensivo’.
Movimento boicota Facebook após censura a fotos de amamentação.
É claro que as empresas podem ser soberanas sobre o que desejam fazer, mas a lógica aqui é mais sutil, à medida que elas vão amarrando tudo, hardware, software, comunicações, comunidades, buscas, numa mesma solução, passam a ter o controle completo da vida do cidadão, cada vez mais reduzido à sua condição de barata.
Depois de um mês desconectado, trabalhando diante do pico do Breu, na Lapinha, serra do Cipó, volto com carga total, e com novas produções que breve chegam aqui. Este pequeno vídeo mostra a cadeia de montanhas, de onde desce uma grande cachoeira. À moda dos impressionistas, vemos o mesmo lugar, em vários momentos e luzes diferentes.
O jornal de poesia A Parada disponibilizou recentemente algumas edições on line. O número 9 publicou o poema Pepsi Machine, de Álvaro Andrade Garcia, que pode ser visto no Sítio na versão em inglês.
Aqui o link para o jornal. O poema está na página 20, em inglês e português. Vale a pena conferir a ferramenta gratuita que usam para a versão digital do jornal.
Foi publicado poema inédito de Álvaro Andrade Garcia na nova dentição do projeto 10 Faces. Call Center #1 Mostra que a ‘cultura digital’ não é apenas algo lindo maravilhoso… vem tornando reais também nossos piores pesadelos. Confira:
Call Center #1
o software não aceita exceções
e quando elas ocorrem ele te executa
e não adianta buscar humanos
o software é desumano
o software é feito para desatender
para manter afastadas as reclamações
as ponderações, as humanidades
os possíveis acontecimentos sãos
o software é resultado
de uma brutal concentração
o software é escravagista
e kafkiano
e foi planejado por gente do
marketing e da casta superior
o serviço de atendimento
é uma fraude
para nos afastar
da humanidade
humanos podem decidir
eles têm arbítrio
ponderam
usam o bom senso
a intuição
eles pensam
o software não
o software é só um escudo
para não vermos que cortaram empregos
enxugaram as companhias
e afastaram de nós quem podia
resolver de perto nossos problemas
por que nossos problemas não existem
quando o cara vem e desliga primeiro a luz
e cobra para religar
depois do transtorno que causou
e a ligação telefônica sempre cai
quando ligo para a operadora
não é engraçado?
o software não tem propósito
além de ampliar o saque
agride o cliente e o trabalhador
só serve ao empresário
o atendente é um escravo
posto para estender a máquina
a uma aceitabilidade humana
ele é 1 plug in do sistema
não pode decidir
nem pode arbitrar
ele é um protocolo
que tem úlceras
por ser xingado por milhões
enquanto ganha um mínimo
preso como galinha num cubículo
em que posso ajudar, senhor?
o atendente não te conhece
e nunca mais vai falar com você
e não pode fazer nada por você
além do que faria a máquina
o sistema é insano e cruel
e o software é seu refinamento
algo mais, senhor?
‘o natal é deus menino
quanto o álibi é do assassino’
Como diria Machado de Assis, ‘mudou o natal ou mudei eu?’. Creio que ambos mudamos, o natal se tornou um levante histérico de consumo e compromissos, muito distante da sua real função de celebrar o nascimento do filho-deus, na mesma data de comemorações ancestrais na Europa, em festas pagãs que celebravam o solstício de inverno (representando o fim dos tempos de trevas e frio e a chegada das forças calorosas e luminosas que culminam na primavera). Poucos sabem, mas antes de uma reforma nos primeiros tempos do cristianismo, que mudou a data do natal, ele era comemorado pelos cristãos na época do dia de reis, em janeiro. Mudança vai mudança vem, para comemorar a data, o Sítio traz este poema de Álvaro Andrade Garcia sobre o natal contemporâneo e dessacralizado.
E para não esquecer do real sentido da força calorosa e inovadora, publicamos o livro eletrônico Fogo, um livro antigo do mesmo autor que coloca em cena ideias persistentes em busca de formas renovadas, agora em versão 2.0, para aparelhos de leitura móvel, como fones e tablets android, iPads, iPhone e iPod.
Com a publicação de Fogo, colocamos nosso pé no Android Market e na App Store da Apple, abrindo mais um canal de circulação para os trabalhos do ateliê e do coletivo de imaginação digital do qual faz parte. Durante os meses de dezembro e janeiro o livro estará disponível de graça, depois terá um preço justo para pagar o leite das crianças.
O site Buala, sobre cultura contemporânea africana, traz um artigo muito interessante sobre a questão discutida pela imprensa sobre a pretensa ‘censura’ contra o livro Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato, feita no MEC. Na verdade, a questão é sobre critérios de seleção de obras com conteúdo pedagógico para uso escolar e não proibição de publicação da obra. Em outras palavras cabe perguntar se um livro que trata da caçada de um animal em extinção, com diversas referências pejorativas a afrodescendentes, por um autor sabidamente pró eugenia, não poderia ser substituido por outros livros, até mesmo do próprio autor, com conteúdos mais interessantes para o uso educacional.
Abaixo, o link para o artigo, imperdível, que mostra a importância crescente da rede de blogs independentes, que atua informando sem os interesses comerciais e políticos de alguns veículos da grande imprensa:
Exposição mostrou quadros de Alexandre Fiuza que foram usados no livro O Sertão e a Cidade, parte do projeto www.sertoes.art.br.
No Sesc – r. Tupinambás 956, centro, Belo Horizonte. Horário: de 12.30 a 18.30 horas, de segunda a sexta, entre 8 de novembro e 3 de dezembro.
Aqui um link para o download do pdf do livro, para aqueles que desejam.
achei que vocês fossem gostar disso:
http://uploads.ungrounded.net/525000/525347_scale_of_universe_ng.swf
Aqui uma historinha interessante do mundo globalizado. Sou fã da rádio Somafm, uma rádio na internet sem propaganda, mantida apenas com doações de visitantes. Sua sede é na Califórnia. Um dos canais que mais ouço é o Suburbs of Goa, que toda música indiana contemporânea e de outros países na mesma levada. Ouvindo aqui, ali, conheci o Pedra Branca, um grupo brasileiro que faz muito sucesso na rádio. A música abaixo é uma das mais tocadas do grupo, e tem um tema completamente brasileiro, e a figura que toca a clarineta e flauta, já esteve na nossa casa, assentada no sofá diante de mim. Emfim, fui à Califórnia ouvir música indiana e conheci o som de brasileiros muito legais.